terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A Comunicação Empresarial


Depois de algumas postagens mais descontraídas, hoje trataremos de um assunto pouco explorado no ramo da comunicação. A comunicação em empresas emprega diversos estagiários e profissionais formados, seja jornalistas, publicitários ou produtores e esse texto apresenta uma parte da Comunicação Empresarial.


Texto de Camila Wunderlich e Raphael Saavedra

• O que é Comunicação Empresarial?


“A comunicação organizacional é um instrumento fundamental, não apenas para permitir a construção de uma imagem favorável da empresa, mas algo imprescindível ao sucesso da organização, inclusive, ou principalmente, no apoio de seus objetivos mercadológicos, ainda que de forma indireta.” (Citação retirada do artigo de Meire Nery, publicado no blog: Voz da Comunicação http://vozdacomunicacao.blogspot.com, em 15 de julho de 2010.)

Ainda há hoje certa resistência, por parte de algumas instituições, quanto à importância da “comunicação” enquanto setor produtivo de uma instituição. Ehling (apud DUARTE, 2010, p.102) constatou que, diferentemente de outras funções organizacionais (marketing, finanças etc.), as atividades de comunicação e de relacionamento com a mídia não são vistas como uma função econômica.

Ehling diz, ainda, que numa visão atual, desenvolvida por Cutlip, Center e Broom, a atividade de comunicação empresarial, antes de tudo, é: “Instrumento de gestão e de apoio à tomada de decisão, que identifica, estabelece e mantém relacionamentos proveitosos mútuos entre a organização e seus vários públicos, dos quais depende o sucesso ou fracasso de qualquer organização.”

 • Comunicação Interna

Por comunicação interna entende-se toda a atividade desenvolvida em contexto organizacional que é responsável pela produção e fluxo de informação entre os atores organizacionais. Nela destacam-se, sobretudo as atividades de seleção e distribuição de notícias, a produção e gestão de conteúdos multimídia, a organização de atividades de formação como seminários e workshops e ainda a concepção e elaboração de propostas relacionadas com o desenvolvimento cultural.

Os principais objetivos da comunicação interna são:

- Tornar influentes, informados e integrados todos os funcionários da empresa;
- Possibilitar aos colaboradores de uma empresa o conhecimento das transformações ocorridas no ambiente de trabalho;
- Tornar determinante a presença dos colaboradores de uma organização no andamento dos negócios;
- Facilitar a comunicação empresarial, deixando-a clara e objetiva para o público interno.

 • Comunicação Externa

A comunicação externa compreende toda a informação que esteja relacionada com as atividades desenvolvidas pela empresa. Essa informação vai no sentido de promover a imagem da organização e divulgar na imprensa tais realizações. Cabe a comunicação externa a gestão dessa imagem, bem como a transmissão de informações institucionais para todos os que contribuem de alguma forma par ao desenvolvimento da empresa.

Diversas ferramentas podem ser utilizadas para a comunicação externa, são elas: entrevistas individuais e coletivas, sugestão de pautas de interesse da imprensa, encaminhamento de notas para colunistas, sites e portais rápidos e esclarecedores, redes sociais (blogs, Facebook, Twitter etc.) etc., mecanismos que podem garantir eficiência e consistência da informação.

 • Distinção entre Jornalismo e Relações Públicas na Assessoria de Imprensa

No começo, Assessoria de Imprensa era apenas o serviço de administração das informações jornalísticas, e do seu fluxo, das fontes para os veículos e vice-versa. (basicamente o clipping).

Os primeiros relatos de assessoramentos de que se tem notícia surgiram nos Estados Unidos a mais de cem anos. Lá, a função é exercida por profissionais de comunicação, RP ou jornalista. Já na Europa, a assessoria de imprensa tem funções específicas e é entendida como uma atividade de Relações Públicas, incompatível com o jornalismo. Os assessores europeus não podem exercer o jornalismo e nem são considerados jornalistas.

No Brasil, a atividade de Assessoria de Imprensa também foi iniciada por profissionais de RP, mas diferentes situações fizeram-na migrar, nos anos 80, para a área do jornalismo. A migração do jornalista para as Assessorias foi impulsionada pela necessidade de manter um relacionamento harmonioso entre as instituições, grande imprensa e seus stakeholders[1], visto que a informação na modernidade passou a ser um bem precioso.

Dentre as funções dos assessores estão:

- Relacionamento com a mídia
- Criação de materiais e ferramentas de comunicação
- Elaboração de ações estratégicas de interação com os públicos interno e externo
- Gerenciamento de crises.

Na verdade, concluímos que tanto o profissional de Relações Públicas quanto o Jornalista são capazes de gerenciar a comunicação de uma empresa. Contudo, em termos de formação, o jornalista é mais preparado para a comunicação externa e o RP para a interna.

• Tipos de Comunicação Empresarial

- Interna

• Pessoal
• Campanhas (vacinação, dias das mães, dia da mulher etc)
• Informes institucionais
• Revistas e jornais internos
• Televisões e rádios internos
• Mídia Eletrônica (SMS, Intranet, E-mails)

- Externa

• Campanhas
• Revistas externas direcionadas ao público
• Vídeos Instituicionais
• Notas Oficiais à Imprensa
• Sites / Mídias Sociais

 • Referências Bibliográficas

BUENO, W. da C. Novos contornos da comunicação empresarial brasileira. Comunicação e Sociedade, São Bernardo do Campo, Umesp, v.16, 1989. DUARTE, Jorge. Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia – Teoria e Técnica. 3ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2010.

KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Relações Públicas e Modernidade, Novos Paradigmas da Comunicação Organizacional. São Paulo: Summus, 1997.

CHINEM, Rivaldo. Assessoria de imprensa – como fazer. São Paulo, SP: Summus Editorial, 2000. 

TORQUATO, Gaudêncio. Tratado de comunicação organizacional e política. São Paulo: Thompson, 2002. 

WUNDERLICH, Soraya Brandão. Crise: Antecipe-se, você pode ter que gerenciar uma. A diferença de resultados entre as empresas que trabalham a crise como possibilidade e as que improvisam. Trabalho de conclusão de pós-graduação em Comunicação Empresarial, Universidade Estácio de Sá, junho 2010. Raphael Saavedra

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O seu Ano Novo

O início do ano é marcado, entre outras coisas, pelas promessas que fazemos a nós mesmos de como seremos melhores dali em diante, de como vamos ler mais, estudar mais, gastar menos, aprender outro idioma, começar a dieta, entrar na academia ou ver aquela centena de filmes, por exemplo. Essas mudanças exigem disciplina e concentração.
Se se identificou com algo que foi dito até aqui? Acalme-se. Mesmo que provavelmente você já tenha algumas listas do que vai fazer em 2014 (e acumule  tarefas não cumpridas de anos anteriores), há solução. Se liga nas dicas:

Mini metas
Em algum momento do dia, pare e pense no que é necessário fazer no dia seguinte. Trace mini metas, fáceis de serem cumpridas e que darão gás para seguir adiante. Por exemplo, ao invés de “Ler o livro em um mês” use “Ler o capítulo 12, hoje”. O sistema de metas tem como vantagem a sensação de recompensa trazida pelo cumprimento dos objetivos. Logo estará se organizando bem melhor. Aproveite e aja. Provavelmente, ninguém te conhece melhor que você mesmo, então tente não se cobrar tanto e nem se permitir descanso demais. Aliás, tentar se conhecer melhor é uma boa tarefa para 2014 (poderíamos falar mais sobre jornadas de autoconhecimento, mas é melhor deixar pra outro post).

Horários
Experimente ficar em paz com o relógio. De fato, os dias parecem passar cada vez mais rápido, não importa o que façamos, mas o grande desafio é se acostumar gradativamente a estar dentro do tempo. Estabeleça horas para terminar seus trabalhos, como se não houvesse outro momento. Boas situações para começar: demarcar horários para dormir, terminar um texto ou sair da internet (depois de ler esse blog, obviamente).

Memória
Se você não é bom de memória, não tenha receio algum de recorrer a uma agenda. Seja a tradicional de papel ou a do celular ou tablet. Manter-se organizado e inteirado sobre o que deve ser feito é fundamental. Outra dica interessante é escrever as mini metas que conseguiu cumprir naquela semana para se lembrar do que tem dado certo. Mais um artifício válido é o uso do post-it, sempre útil para lembrar de uma data ou compromisso.

Além disso, não permita que as tarefas se acumulem e estimule diariamente o poder de definir prioridades. Geralmente, pessoas da área de comunicação têm a cabeça multifocada em um milhão de assuntos, mas é preciso escolher o que fazer e em que momento. Não significa, porém, que não seja bem vindo o devaneio típico dos cérebros comunicólogos. Enlouqueçamos com moderação.

Caro leitor, esse post não tem a cara de um texto pra primeira semana do ano? Era pra ser. Isso demonstra que este que escreve também precisa rever sua relação com prazos, mini metas e memorização.

Não faz mal: façamos dessa semana a primeira, mais uma vez. Pode ser hoje o dia da grande mudança. Comece a tirar seus projetos, ideias e sonhos do papel. Por que não agora? Não é tarde, não é cedo. 
O seu ano novo começa quando você quiser que ele comece.


Douglas de Farias

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Lista #3 - 10 Filmes Sobre Jornalismo

   O cinema costuma a ser o primeiro contato de muitas pessoas com universos completamente diferentes do seu. No meu caso nem consigo lembrar o que me fez tomar a decisão de ser jornalista. Ainda assim, posso apontar que por volta dos 13 anos ser uma editora chefe de uma certa grande revista de moda em Nova Iorque parecia o único caminho aceitável, talvez por influência de vários filmes. Pelo menos posso afirmar que isso mudou bastante em 2012, quando entrei na faculdade e vi mais filmes.
   Alguns filmes sobre jornalismo são "bíblias audiovisuais", outros são chacotas com orçamento e casting muito bons. Separei 10 filmes que eu já vi sobre jornalismo e acredito que todo jornalista deve assistir e então decidir se quer seguir a profissão - talvez ajude na crise da habilitação para quem se despede do ciclo básico.

1- Todos os Homens do Presidente
Clássico. Te faz querer ser aquele jornalista-super-herói, que tem uma mente mais rápida que um campeão de Tetris e faz grandes descobertas para a humanidade. 



2- Cidadão Kane
Outro clássico, nem deveria mais entrar em listas sobre jornalismo porque é o maior clichê de todos (você vai aprender isso quando entrar na faculdade e ser obrigado a ver esse filme. Mais de uma vez.).



3- Boa Noite e Boa Sorte
Eu vi esse filme antes de entrar na faculdade na idade errada, não vi tanta graça. Vi assim que entrei na faculdade com idade suficiente para ver um filme em preto e branco sem me distrair com meu próprio cabelo, infinitamente melhor.

 

4- Capote
Especialmente bom se você quer ser jornalista e escritor. Jornalismo literário da melhor qualidade.


5- Frost/Nixon
Aqui você provavelmente vai querer ser um entrevistador, ter um talk show, ou algo do tipo. Acho que não existe melhor inspiração.


6- Syriana
Bom filme, boa história, muita teoria da conspiração e investigação.


7- O Âncora
Eu poderia apenas escrever a letra de "Afternoon Delight" mas tomaria muito espaço. É engraçado, veja. 


8- War Photographer
Se você gosta de fotografia é nesse momento em que decide ser fotojornalista - ou pelo menos te faz considerar a possibilidade.


9- Medo e Delírio
Na verdade esse filme vem em 9º por causa do 10º filme, como uma introdução pessoal. É o rockstar da lista, baseado no livro que leva o mesmo nome em inglês (Fear and Loathing in Las Vegas) do jornalista Hunter Thompson. Puro jornalismo psicodélico, se isso existir. 


10- Quase Famosos
Esse filme pode não ter sido A razão de eu querer ser jornalista, mas ele sempre me lembra o motivo pelo qual eu decidi ser jornalista.



   


   Acha que faltou algum filme? Concorda comigo? Discorda de tudo? Conta pra gente.



Wenny Milzfort

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Curta #1 - "Essa é minha vida, esse é meu clube"


  Da série de crônicas postadas no blog nasceram respectivos vídeos de um minuto para traduzir a linguagem escrita para a cinematográfica. Os curtas foram escritos pelos mesmos autores dos textos originais do qual foram adaptados e mostram as várias formas de linguagem propostas pela Comunicação Social e suas vertentes, além das angústias e incertezas dos aspirantes a comunicólogos.
  O primeiro vídeo é escrito e atuado por Raphael Saavedra, baseado em sua crônica postada aqui no blog em Novembro do ano passado.

 


Equipe

O Netflix dos livros


Com a intenção de fazer o que o Netflix fez para o filmes e o Spotify para a música, a start-up de San Francisco Scribd, junto com a editora HarperCollins, uma das seis maiores do mundo, lançou, em outubro do ano passado, um serviço de assinatura mensal para streaming de livros. A ideia é ser como um daqueles salões de beleza em que você paga uma quantia mensal e corta o cabelo quantas vezes quiser. A diferença é que, no caso do Scribd, o serviço realmente existe.

Pagando 9 dólares por mês, o assinante tem à disposição no seu computador ou tablet todo o acervo de livros do Scribd. São todos os livros lançados pela HarperCollins - com algumas exceções - e por outras editoras menores. Segundo o CEO da start up, Trip Adler, conversas com as outras editoras integrantes do big six do mundo editorial (HachetteHoltzbrinck/MacmillanPenguin PutnamRandom House e Simon & Schuster) já estão em andamento. O Scribd ainda passou a contar, recentemente, com o acervo da maior distribuidora de e-books auto-publicados do mundo, a Smashwords.

As editoras com livros disponíveis no Scribd receberão dinheiro através de um sistema complexo de contagem de leituras. Isso porque a relação entre a leitura de um livro é diferente do que acontece com músicas e filmes. No serviço, é comum que os usuários leiam apenas trechos dos livros. No caso da Smashwords, por exemplo, os primeiros 10% lidos não renderão lucro ao autor e a editora. Se o leitor chegar a 30%, o autor e a editora ganharão o dinheiro de uma leitura total, que será 60% do valor à la carte do livro. Se a leitura parar entre 15 e 30%, o autor e a editora receberão um browse credit. Dez browse credits equivalerão uma leitura total.

Antes do Scribt, a Amazon já havia anunciado o Kindle Lending, um programa de empréstimo de e-books disponíveis nas livrarias dos estados unidos. Hoje em dia, 73% das livrarias americanas disponibilizam empréstimos de livros digitais. Algumas outras empresas também já haviam investido no modelo tudo-que-você-conseguir-ler de livros infantis. O diferencial do Scribd será o volume de publicações. Segundo Adler, a empresa já tem uma receita de dezenas de milhões de dólares e a tendência é crescer junto com o acervo. A intenção do CEO é que, no futuro, também façam parte do acervo revistas, teses acadêmicas, etc.

Ainda não há previsões de quando o serviço estará disponível no Brasil.

Por João Carlos