quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Lista #1 - 5 Motivos para Fazer Comunicação Social

1 – Tiração de onda



Comunicação não dá dinheiro. Você já deve ter ouvido isso. O que não te contaram é que, só por fazer comunicação, você pode tirar onda, que é o motivo principal para se ter dinheiro. Eu explico. Um engenheiro ganha muito mais que um comunicólogo, certo? Mas o que ele vai fazer com esse dinheiro? Digamos que alguém que se forme em engenharia na faculdade comece ganhando 6 mil reais em seu primeiro emprego. Bom salário. Ótimo salário. Desses 6 mil, digamos que ele use 3000 para sobreviver, ou seja, comprar comida, pagar o aluguel e o condomínio daquele bom apartamento, luz, água, plano de saúde e etc. Os outros 3 mil reais, então, seriam gastos com a famigerada tiração de onda. Um carro bacana, aquele Nike Shox, um belo terno, ou melhor, dois belos ternos, ou, até mesmo, três belos ternos. Se você for uma mulher não é diferente. Cinquenta por cento do seu salário estaria destinado à tiração de onda. Aquela bolsa da Louis Vuitton, aquela coleção de sapatos. Mas e o profissional de Comunicação Social? Como fica a divisão salarial dele? Hoje em dia, dando sorte, o salário inicial em qualquer uma das áreas de Comunicação não passa dos 2500 reais. Meu Deus, você pode estar pensando. Como uma pessoa pode sobreviver assim? Com tranquilidade e estilo, eu diria. Lembra daqueles 3 mil reais que o engenheiro gastava só para sobreviver? Na vida de um comunicólogo, a definição de sobrevivência é outra. O fato é que boa parte do dinheiro gasto em sobrevivência também é ligado à tiração de onda. E isso você já tem! Você já é um jornalista/cineasta/publicitário/editor. Logo, você não precisa daquele bom apartamento. Você consegue tirar sua onda sem ele. Também não é necessário tanta luz e água. Você vai passar a maior parte do seu dia no trabalho. A maior parte do seu dia. Os outros 3 mil reais à serem gastos com tiração de onda também são eliminados, pois, como já dito, essa onda você já tira. Você não precisa daquele bom terno. Você precisa de uma camisa social e um sapato, porque você é um jornalista, e esse é o traje de um jornalista; ou você precisa de uma camisa xadrez meio usada e um tênis verde, porque você é um cineasta, e esse é o traje de um cineasta, e assim por diante, entende? Ou seja, tirar onda é necessário, mas é um baita dum passivo na sua conta bancária... Se você for um engenheiro!

2 – Mantenha em segredo sua identidade secreta



Dos jornalistas mais consagrados, talvez o maior deles seja Clark Kent. Isso mesmo, o Super Homem. Grande super-herói, aliás, grandíssimo super-herói. O maior deles, eu diria. Além de salvar o mundo no horário de folga – o que, aliás, quebra um dos mitos do jornalismo, o de que não existe horário de folga – Clark trabalhava como repórter no Planeta Diário. E qual era o disfarce dele? Como ele fazia para não ser reconhecido toda vez que aparecesse uma noticia do Super Homem explodindo um meteoro que vinha de encontro à Terra? Ele usava óculos. Exato. Clark Kent conseguia manter em segredo sua identidade secreta usando apenas óculos. O que isso te diz sobre jornalistas? Que eles são burros e não conseguem ligar os pontos para descobrir que seu colega de trabalho é o Super Herói mais famoso do mundo, só porque ele usa óculos? Não! Isso significa que, sendo um jornalista – e eu estenderia isso para as outras áreas de Comunicação, porque tá tudo ligado, sabe – você ganha o super-poder do disfarce. Logo, se você precisar esconder a sua identidade, ou porque você matou alguém, ou porque você já fez um filme chamado Opinião Pública, apenas uma dica: Comunicação Social. 

3 – Costeletas



Poucas pessoas entendem o que é estilo. A maioria delas não. Por causa disso, algumas grandes ideias da humanidade foram abolidas, simplesmente porque o público geral, o famoso povão, não estava preparado. Crocs, pochetes e as calças saruel são exemplos de que nem sempre a maioria tem razão. Hoje em dia, se uma pessoa quiser usar um desses três itens, ela será julgada como um nazista em Nuremberg depois de 44. Outra grande inovação da moda injustamente abolida foi a costeleta. Mas para os apreciadores do estilo Abraham Lincoln, existe uma salvação. E ela se chama Publicidade. Isso porque, além de trabalhar em agências, e não em escritórios, e poder tatuar o corpo inteiro sem medo de morrer de fome porque não consegue arrumar um emprego, os publicitários também podem cultivar uma boa costeleta. Podem não. Devem. É quase uma regra. Mas também nem precisaria ser. Pois como diria o filósofo, me mostre um homem que só não usa costeleta porque não seria bem visto pela sociedade, e eu te mostro um mentiroso.

4 – Você pode trabalhar com o que você gosta



Decidir com o que você quer trabalhar é uma tarefa difícil. Mais importante do que dinheiro, o que se costuma ponderar é sobre o que você gosta de fazer. É assim que são feitos os testes vocacionais, por exemplo. Algumas pessoas dão sorte e gostam de medicina, engenharia e outras coisas que dão dinheiro. Aí é que tá. Por mais que, por exemplo, você goste de números e comece a trabalhar com, sei lá, Engenharia Mecânica por causa disso, é muito improvável que números sejam realmente o seu maior interesse. Provavelmente, o cara que trabalha fazendo equação de segundo grau – que é isso que um engenheiro mecânico faz – o que ele realmente gosta de fazer é assistir futebol, jogar pingue-pongue, esse tipo de coisa. Por isso, Comunicação Social é o curso perfeito para qualquer pessoa, pois te permite trabalhar com, literalmente, o que você mais gosta. Quem gosta de futebol pode ser jornalista esportivo, quem gosta de filme de terror pode ser roteirista de filme de terror. Até quem gosta de filmes pornôs com animais têm seus espaço: você pode fazer sinopses para o Sexy Hot, por exemplo. Qualquer coisa. 

5 – Não exige talento nem esforço



Você não é especial. Quase ninguém no mundo é. Mas isso não é um problema: basta se esforçar muito para aprender algo que você se tornará uma pessoa útil para a sociedade. O problema é que você também não é esforçado. O que fazer então? Comunicação Social. Você não precisa de talento para dirigir um filme, por exemplo. É só mandar pessoas fazerem as coisas que precisam ser feitas. Afinal, você é o diretor. Nem para escrever uma matéria. É só colocar as informações no lugar certo, quem, quando, onde, por que, qualquer um pode fazer isso. E eu não vou nem falar aqui das campanhas publicitárias. É só você se lembrar de propagandas como a do Dolly Guaraná. Um ser humano recebeu muito dinheiro para fazer aquilo. Um ser humano. Muito dinheiro. Portanto, se você não é um gênio e mesmo assim não quer nada com nada, Comunicação Social é o que há. Você vai ganhar pouco, ok. Mas para alguém que não tem talento nem força de vontade, ganhar, só ganhar, já é alguma coisa.


Por João Carlos.

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